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CEFET-MG

Desastres ambientais em consequência da mineração em Minas Gerais: mosaicos do Luto e da esperança

Quarta-feira, 29 de maio de 2019
“E agora, José?/ A barragem estourou,/ a lama espalhou,/ o povo sumiu,/ a lama assentou,/ e agora, José?/ e agora, você?/ você que é sem nome,/ que busca os outros,/ você que traz restos,/quem está na lama protesta,/ e agora, José/”
(Wandra, 2º Ano Edificações. Inspirado no poema “José”, de Carlos Drummond de Andrade)

 Foram com versos assim que os alunos dos Cursos Técnicos de Eletrotécnica, Edificações e Meio Ambiente, do Campus Curvelo, expressaram-se para ilustrar a dor daqueles que choram as perdas irreparáveis na tragédia de Brumadinho. A proposta dos organizadores do sábado letivo do dia 25/05/2019 de trabalhar o desastre ambiental em Brumadinho, numa perspectiva mais humana e lúdica, despertou nos alunos não somente a consciência de fazer permanecer as memórias da tragédia, retratada através do luto, mas também o desejo de resgatar os sonhos, a fé e a esperança pós-luto do povo de Brumadinho através da solidariedade, da compaixão e de uma “dívida eterna” com a população e região. Para exteriorizar o sentimento do luto, os alunos utilizaram desenhos geométricos para criarem mosaicos em forma de túmulos, de caixões, de painéis com número de mortos, de coração fragmentado com nomes das vítimas, do símbolo da Vale. Ao perspectivarem a esperança, representada também por meio da composição de mosaicos, os discentes destacaram o trabalho dos bombeiros, o verde que ainda restou em nossas Minas Gerais e a luta de um povo que não desisti porque é “duro” como o José de Drummond.